Este texto inicial é um resumo do que eu
digo em todos os artigos deste blog. Defendo as seguintes ideias: cada religião
toma para si as suas crenças como verdades absolutas, desprezando as crenças
das outras e ainda as chamando de pagãs. Isto é fato. O meio ambiente social do
indivíduo é quem irá influir nas crenças de cada um. Por exemplo: ninguém nasce
com o deus cristão na cabeça, Alá, o deus muçulmano, os muitos deuses do
hinduísmo, xintoísmo, etc.
Mas o que existe de absoluto mesmo é a
capacidade de nós humanos em acreditarmos, possuirmos fé, e, por quê? Veja,
ninguém sobreviveria sem acreditar em algo superior que os formou, que criou o
universo, a fauna e a flora do planeta, o que existe após a morte etc. Seríamos
acometidos de um vazio existencial a colapsar nossas mentes com angústias,
ansiedades, depressões etc.
Mas, e os descrentes? Bem, eles acreditam
em si próprios! Possuem fé, mas não crenças. Sem esse sentimento eles não
buscariam objetivos, nada valeria a pena, ou seja, suas mentes e suas vidas não
resistiriam.
Esse acreditar e a fé, natural de nós,
humanos, vêm do próprio funcionamento cerebral do sistema límbico (emoções,
sentimentos) e do córtex (a parte racional), se não o sistema mais complexo que
existe, o cérebro, não iria funcionar direito. Eles foram adquiridos por nós
através da evolução para que a nossa mente não entrasse em colapso significando
a sobrevivência da própria espécie. É o transcender, em
"pensamentos", do nosso mundo material, incluindo sentimentos.
Uma criança vem ao mundo com o cérebro
limpo de informações e da cultura do seu país de nascença. Esse meio ambiente,
incluindo além dos pais e escolas, irá ensinar o que existe de sobrenatural,
para ela exercer a sua religião que é a mesma de todos ali. Claro que ela
poderá um dia mudar de crenças, mas mesmo assim ela levará ainda muito do que
aprendeu na infância e adolescência para o resto da vida.
Todos os povos que já existiram inventaram
religiões e crenças desde que o ser humano fora dotado de inteligência,
consciência e de um lado sentimental-emocional. Por volta de 60.000 como está
no livro "Da Natureza Humana", de Edward O. Wilson. Este autor cita o
medo da morte e o que vem depois como uma das principais causas de se inventar
tantas religiões. Podemos falar também em questões como: o que fazemos em nosso
mundo, qual o significado de nossas vidas, existe uma única razão para estarmos
aqui? Se os seres humanos não possuírem a capacidade de "invocarem"
as respostas dessas questões a algo superior, suas mentes entrariam em colapso.
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