O Relativismo Religioso é o fato de que
cada religião toma para si as suas verdades como absolutas, considerando as
outras religiões como pagãs, ou seja, erradas, tomando como falsas ou sem
propósito, as verdades de cada uma delas, os valores religiosos. Mas o que
existe mesmo é uma relatividade em tudo que existe por aí, porque, então, qual
delas estaria correta? O que é absoluto seria correto, mas todas se dizem
absolutas!
Elas consideram os seus deuses como as
suas maiores verdades absolutas. Mas veja que são diferentes:
1 - O deus cristão não é o mesmo que os
deuses do hinduísmo Brahma, Vishnu e Shiva;
2 - Alá, o deus do islamismo não é o mesmo
que o deus cristão e dos hindus;
3 - O casal de deuses criadores das ilhas
japonesas, berço do xintoísmo, a religião oficial do Japão, Izanagi e Izanami,
não são os mesmos de todos acima. E assim acontece com todas as outras
religiões. Qual deus é o verdadeiro? É relativo, depende de locais, épocas,
estruturas sociais, etc., de onde eles foram inventados, mas isto para cada uma
das religiões. Um só mesmo não existe...
A predisposição religiosa dos seres
humanos é uma predisposição transcendental com sentimentos e emoções. Aliás,
este, é um conceito generalizado, entrando na formação de qualquer religião.
Explicarei em duas partes, I e II, uma com
conceitos lógicos e outra com os sentimentos e emoções:
I - Temos a capacidade de pensar,
elaborar, um ou vários mundos à parte do nosso, ou junto, e que pode ser
"habitado" por entes de diversas formas e até sendo amorfos, ou só um
ente mesmo, que influi, interage conosco e com tudo. Isto é a transcendência e
não significa que acreditamos nesse (s) “mundo (s)”, mas, como temos um cérebro
provido de sentimentos, emoções, acreditar, fé, etc., cairemos em II:
II – Para simplificar direi a respeito só
a um ente divino. Esse ente considerado como divino, seria responsável por
muitos fatos que ocorrem na vida das pessoas, na Terra, no universo, etc.,
sendo base de todas as crenças, seitas e religiões criadas pelos seres humanos
até hoje. O deus cristão é o exemplo mais próximo de nós porque o cristianismo
e as suas vertentes é a religião com mais adeptos em nosso mundo ocidental.
Na minha visão do Relativismo Religioso, a
existência de sentimentos e emoções, com o acreditar e a fé, não implica que
existe (m) ente (s) divino (s), mas sim uma capacidade do nosso cérebro em
manter este estado de coisas para ele continuar "funcionando",
trabalhando de modo satisfatório. Como digo em meus artigos, temos recursos
neuronais possuindo a capacidade de dar margens a muitas crenças para os seres
humanos lidarem com questões existenciais, sociais, etc.
E também pelo fato das crenças que
conhecemos terem algumas similaridades, dá a impressão que existe o
sobrenatural e que nós temos a capacidade de chegar até ele. Mas não, é
justamente ao contrário: essas similaridades existem porque a condição humana
na Terra sempre fora igual para todos os povos, em todas as épocas e locais:
sobreviver. Então inventamos coisas parecidas, mas não iguais: as religiões,
que variam de povo para povo. E aqui entram a Teoria da Evolução e a
Neurociência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário