sábado, 27 de agosto de 2022

A Circularidade Ateísta

Por Argos Arruda Pinto


"Como pode existir uma religião verdadeira se as práticas religiosas das outras são também benéficas aos seus adeptos, com exceções, demonstrando ser a (s)   divindade (s) e os valores religiosos também verdadeiros, mas, isto sendo também um absurdo porque não se pode haver várias religiões verdadeiras ao mesmo tempo,  devido à esta circularidade, nos levando então a crer na verdade única de todas serem falsas?"

domingo, 7 de agosto de 2022

O porquê dos nossos sentimentos: por que existem sentimentos e emoções negativos?

Obs.: "Este texto faz parte do meu primeiro livro de mesmo nome. Deixo-o bem básico. A Teoria da Evolução já é difícil de ser aceita, em especial devido às religiões de todo o planeta, no que diz respeito aos corpos dos animais, como eles mudaram e mudam. Imagine então sobre os nossos processos lógicos mentais? Ainda mais que sentimentos e emoções foram imprescindíveis à sobrevivência do ser humano no planeta. Mas, o pior de tudo, que os sentimentos e emoções negativos também foram essenciais para tanto. Não que houvesse uma direção neste sentido como eu disse agora e sim pelo fato de existirem, que foram e são necessários."

 

Sentimentos e emoções positivos serviram a nossa sobrevivência como espécies, foram selecionadas pela Evolução, pois, como exemplo, o amor, o afeto e o carinho entre pais e filhotes foram e é uma ligação das mais importantes do reino animal, até os pequenos animais possuírem maturidade para uma vida independente. Mas, e os sentimentos e as emoções negativos? 

Nenhum sistema adaptativo como o cérebro, visando o comando de um corpo para se perpetuar junto a ele, irá responder somente de modo positivo, no sentido de sentimentos positivos, em um meio ambiente no qual os estímulos exteriores são positivos e negativos também. Ninguém gostará de um inimigo! E como estamos vivos hoje se antes da nossa espécie já havia ancestrais com poderosíssimas forças negativas em suas mentes? O que aconteceu e o que acontece? Estariam e estão na contramão da Evolução? Agora eu discorro sobre três deles, talvez os mais poderosos no sentido de serem desastrosos para quaisquer espécies, e dos mais comuns e intensos, o ódio, a raiva e a agressividade, possuindo sim um papel indispensável na Evolução se analisados com o cuidado merecido. A partir do desenvolvimento do sistema nervoso, do mais primitivo ao mais capacitado e complexo, o nosso, digo do quanto eles foram fundamentais na preservação das espécies de muitos seres vivos.

 

I - Agressividade

Para começar voltarei no tempo justamente na época do próprio surgimento e desenvolvimento ulterior da vida. Imagine um cenário muito antigo, em um lago ou oceano, quando dos primeiros seres vivos  unicelulares desprovidos  de  núcleos, com  uma substância, uma fonte de calor, etc., ameaçando um grupo desses pequenos seres já providos de movimentos próprios. Alguns deles não só conseguiam perceber o perigo como também reagiam se movendo em direção e sentido opostos  ao local dessas ameaças. Os outros simplesmente seriam destruídos por esses fenômenos tão comuns na natureza.

Percebem-se por aqueles sobreviventes, dois fatores cruciais em suas reações: a percepção da ameaça e todo um sistema a colocar-lhes em movimento, pois suas partes como organelas, cromossomos, substâncias químicas diversas em seus interiores, etc., são levadas em conjunto com suas membranas  a um  local seguro, porque as  suas existências e consequentemente a existência desses unicelulares dependem delas porque  são sistemas separados do meio ambiente.

O movimento desses heróis microscópicos reflete uma pequena dose de agressividade perante o meio ambiente, uma não passividade frente ao perigo, um pequeno, mas verdadeiro embrião de um sistema nervoso a serviço de suas sobrevivências.

Na alimentação por fagocitose, os pseudópodes da célula agressora

englobam o material a ser ingerido. É um processo ativo, demonstrando de forma mais clara esse embrião de sistema nervoso porque há intenção,

ataque e captura de uma “presa”, a saber, um simples corpo sólido ou outro ser vivo, mas indispensável à vida de quem o realiza. Imagine então um predador, um organismo multicelular, no qual a sua presa percebe a sua presença e tende a se afastar ou a se defender.

Um processo desses preservado, aperfeiçoado, por genes, chegou até nós e o realizamos com requintes de crueldade para saborearmos uma boa porção de carne. Bilhões de anos, inúmeras quantidades de predadores, presas, habitats e comportamentos bem diversos, levam a marca implacável da agressividade como denominador comum na sobrevivência das espécies.

Mas a agressividade se revela de maneira diversa em seres vivos complexos não só com respeito à captura de presas, em ataques dos mais variados modos, etc. Dizendo do comportamento humano, você, ao colocar toda a sua motivação para terminar um trabalho atrasado, podendo até lhe causar a perda do emprego, estará descarregando uma grande dose de agressividade. Uma repreensão verbal a um filho de forma enérgica pois ele acabara de fazer algo errado também é uma agressão, mas de maneira consciente, ensinando-o diferenciar o certo do errado. E a agressividade entre pessoas levando à morte ou a danos físicos? Isso sempre existiu e realmente, em sua maioria, é contra a evolução. Mas, simplificando, todas as pessoas não ficam todos os dias se agredindo! Aqui, neste ponto deste capítulo, deve-se ter cuidado com ideias e colocações, pois realmente o ser humano sempre viveu em conflitos e guerras, mas hoje somos mais de sete bilhões habitando a Terra. Outros sentimentos e emoções levando-nos a muitos valores morais e sociais predominaram.

 

II - Raiva

Uma emoção poderosa, causada por muitos fatores como não atingir um objetivo ou necessidade, ter uma contrariedade, não satisfazer um desejo ou ter uma ação frustrada, sentirmos nossos direitos desrespeitados, nos depararmos com injustiças, críticas, ofensas etc. Nosso dia a dia também acarreta estados de raiva: uma fila demorada, uma piada de mau gosto, um aceno indesejado de alguém no trânsito, etc.

Apesar de ser uma emoção destrutiva eu pergunto: quem gostaria de passar raiva durante 24 horas? Temos capacidade para afastarmos estados de raiva, principalmente a racionalização, na qual a nossa razão possa determinar se compensa ou não nos deixar levar por uma explosão de raiva.

Mas, como a agressividade, ela existe. A mesma questão como na agressividade: ela estaria na contramão da Evolução? A resposta é não. Ela aumenta a energia e a força para um animal abater uma presa reagindo com eficiência a um ataque. Um complemento, uma ajuda na agressividade. E como na repreensão verbal a um filho citado em “agressividade”, você poderá estar com raiva dele, mas a canaliza para o bem-estar da criança.

Se no modo de vida moderno nós não precisamos abater diretamente um animal como faziam os antigos caçadores coletores, temos muitos estímulos levando-nos à raiva e aprendemos a, pelo menos, não deixar alterar de modo significativo o nosso bem-estar psicológico e dos outros. Uma luta diária. E ainda em sociedade extravasamos nossa raiva em movimentos como direitos humanos, preconceitos, injustiças sociais, etc., ou seja, tudo do sistema considerado errado.

III - Ódio

De uma aversão instintiva, um rancor duradouro até uma profunda inimizade, o ódio também parece se localizar na contramão da Evolução. Então por que o temos?

Exemplos de nossos ancestrais em suas vidas primitivas em tecnologia permite-nos uma boa pista para esse aparente paradoxo. Um predador passa próximo a um grupo de humanos e se afasta. Não atacou ninguém, mas todos sabem da sua provável volta. E quando aparece desperta ódio, talvez já presente em muitos da tribo, levando aquelas pessoas a um ataque possivelmente já combinado entre os mais destemidos do grupo.

O ódio a um inimigo ou a um representante de uma ameaça, poderá deixar uma mãe prestando mais atenção em possíveis perturbações a seus filhotes, ou seja, ele proporcionaria uma série de comportamentos na defesa da prole e de si mesma.

Gosto de raciocinar de uma forma, na falta de um termo designativo, original (?), sendo “o pensar ao contrário”: se o ódio, a raiva e a agressão não existissem, quanto não ficaríamos vulneráveis sem eles? Seria possível um ser vivo tão complexo como nós, e mesmo outros, mas tão passivos? Isto nunca existiria no reino animal!  Acreditar só no amor, só nos sentimentos positivos a existirem, é uma grande ingenuidade. O amor tem como oposto a indiferença, mas e o não gostar de algo? Faz parte sim da nossa sobrevivência o não gostar de muita coisa chegando realmente ao ódio àquilo nos fazendo mal, principalmente em situações perigosas, tão comuns em praticamente todos os habitats terrestres.

No plano social o ódio aparece e muito entre pessoas sendo inúmeras as situações nas quais esse sentimento se desperta, mas, como a raiva, há certo controle por parte do ser humano para muitas diferenças não os levarem a conflitos desastrosos. Aprendemos a nos controlar, racionalizar como na raiva, percebendo se compensa ou não uma discussão ou uma agressão devido aos sentimentos e emoções profundas como esses.  

Os seres vivos sempre estiveram em um mundo repleto de estímulos positivos e negativos! Do primeiro exemplo mostrado sobre um unicelular fugindo de uma fonte de calor, denotando uma reação a um estímulo negativo, até uma mãe não gostando nada de um inimigo ou ameaça a sua prole, algum animal considerado perigoso para ela, tudo indica uma perpetuação da agressividade, acompanhada por raiva, ódio, etc., como comportamentos de geração a geração, principalmente em animais. Não dá para conceber um planeta como o nosso onde sobreviveriam apenas indivíduos com reações benéficas com o ambiente e poucas reações agressivas. E no exemplo da mãe exige-se um sistema nervoso complexo, evoluído de muitas e muitas gerações como são os dos mamíferos.

Seja lá como eram os primeiros unicelulares em estrutura e comportamento, eles estavam adaptados e procriaram dentro de ambientes com estímulos positivos e negativos reagindo de forma adequada a cada um deles.

Conforme o sistema nervoso foi evoluindo, regiões e/ou funções diversas responsáveis pela agressão, raiva e o ódio, foram se perpetuando nos organismos multicelulares.

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Um desafio a religiosos, filósofos, filósofos religiosos e cientistas da religião

Existem e existiram muitas religiões, sistemas de crenças, muitas crenças em cada uma delas, etc. O que eu noto até por experiência própria, é que os seguidores de cada uma delas considera a sua própria como a  verdadeira, absoluta, dona de verdades religiosas e as outras não. Mas as práticas religiosas de cada uma são muito benéficas aos seus adeptos.

Existem exceções mas não vêm ao caso. Se não fossem benéficas, as religiões tenderiam a desaparecer.

Não seria correto dizer que o que existe de absoluto mesmo é o fato de termos a capacidade  inata de acreditar e pormos fé no que acreditamos? Assim, as crenças foram inventadas em todas as épocas e lugares e serviram e servem àqueles de diversas maneiras, àqueles que acreditavam e acreditam.

Primeiro se acredita e depois se põe fé.

Não existiria nenhuma religião absoluta, correta perante às outras.

As crianças vão aprendendo com os pais, parentes, etc., passam a gostar do que é aprendido e levarão, com exceções, para o resto de suas vidas sobre a sua religião.

Pela Navalha de Occam, a solução ao problema de se tanto aparecer crenças novas ou modificações, não seria conceber que são as mentes humanas quem as criam?

Eu escrevi a muitos filósofos, filósofos religiosos e cientistas das religiões e todos, invariavelmente, se voltavam ao Cristianismo como a verdadeira. "Claro", pensei, "é a religião de 'berço' deles". 

Para terminar, todos fogem da questão: as religiões fazem bem aos próprios seguidores?

Se respondessem sim, estariam dizendo o maior dos absurdos: existem milhões, mais, de entidades divinas ao mesmo tempo. Se não, teriam que explicar por que as religiões continuam com um grande número de adeptos. Digo do Cristianismo, Islã, Hinduísmo, Judaísmo, e mesmo outras menores mas com algumas dezenas de milhões de adeptos. Por que até hoje nunca vimos uma fuga em massa, em pouco tempo, de adeptos de religiões? Nunca vimos porque elas fazem bem a esses mesmos adeptos.

Então as práticas religiosas, de todas, mexem com o emocional, os sentimentos e emoções das pessoas no sentido positivo. Por isto mesmo elas não seriam apenas ideias fortemente ligadas ao cérebro?

 

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Cérebros e Crenças

Observação: embora neste texto eu falo muito sobre crenças e religiões, é de extrema importância a visão sobre a influência, a importância, do cérebro no assunto.

Introdução.

"Em todas as épocas e lugares do planeta, onde se reuniam dezenas ou centenas de pessoas formando comunidades crescentes em números de pessoas, ao longo de décadas ou centenas de anos, surgiam naturalmente crenças e sistemas de crenças, incluindo "fatos" sobrenaturais, a respeito de tudo sobre as suas condições de vida, e até uma possível pós vida de todos, consideradas verdadeiras, absolutas, mesmo sendo muito diferentes, e eram, em relação a quaisquer crenças de outros povos."

Não seriam vantagens aos cérebros humanos, dentro do vasto imaginário das mentes criativas de todos nós, como uma defesa ao funcionamento cerebral, a capacidade de formulações de mitos, ideias, de criação, proteção, ajudas, etc., imateriais, sobrenaturais ou metafísicos?

Quando digo "funcionamento cerebral" quero dizer recursos, estratégias mentais, a influir positivamente em nossas vidas.

Podemos pensar positivamente sem pensarmos em crenças religiosas. Existem, todos sabem, dezenas e dezenas, centenas de livros de autoajuda sem religiosidade, outros com algumas incursões pelas religiões e assim por diante. 

Na verdade, não digo que o cérebro chegou a este nível através da teleonomia, termo corretamente combatido pela Evolução, mas o fato é que ele possui uma capacidade muito grande de imaginação. Digamos, o imaginário cerebral é por demais gigantesco e as diferenças entre as crenças das religiões e mesmo dentro delas são enormes.

Deus não nasce junto às cabeças dos cristãos; os deuses do Hinduísmo não nascem junto às cabeças dos hindus; os deuses do Xintoísmo japonês não nascem junto às cabeças dos xintoístas. E também com tudo o que eu disse na "Introdução", até talvez com raras exceções. São valores religiosos, de crenças e precisam ser ensinados, assimilados juntamente a sentimentos e a emoções e pronto! Dificilmente um adepto dessas religiões deixará de acreditar no seu deus igual a dos outros adeptos. E se acontecer será exceção, porque, não vemos religiões com muitos adeptos terminarem abruptamente, ou, sequer ouvimos falar de fatos assim. Se aconteceu na história da humanidade provavelmente foram com religiões pequenas ou em sistemas de crenças.

Seria errado pensar que, a despeito de tantas criações, e também aquelas ainda por virem, todas as crenças humanas são produtos do nosso cérebro? 

Converso com filósofos religiosos, cientistas da religião, teólogos, etc., e, todos dizem do respeito a termos por todas as religiões, mas, quando eu digo das crenças das outras, eles se voltam às suas crenças do Cristianismo como absolutas, verdadeiras, inclusive não mencionando diretamente desta maneira. Será porque são ligados a universidades, a todo um sistema no qual aqui no Brasil a predominância é do Cristianismo? Para mim não há dúvidas: sim! Perderiam status, teriam suas carreiras prejudicadas, etc., se propagassem o que eu digo neste pequeno texto. E olhe, eles sabem que as coisas são assim!

Eu gostaria de perguntar a um deles, desta vez famoso, se ele acha que as práticas religiosas de adeptos de uma religião dessas, bem diferentes das práticas cristãs, fazem bem àquelas pessoas. Se ele disser sim é porque admite valores religiosos também diferentes do Cristianismo, e, inclusive, Deus, pois os adeptos em questão poderiam, por exemplo, rezarem e pedirem algo a um ou mais deuses também diferentes do Deus cristão. Como ficaríamos? Mas se disser não ele entra em um intrincado problema religioso pois se práticas religiosas não fizerem bem aos adeptos das religiões, poderia se ter fugas em massas dessas religiões, algo não presenciado por nós, nunca, como eu já mencionei há três parágrafos atrás.

Este tipo de pergunta eu fiz a cinco filósofos religiosos da Faculdade Federal de Juiz de Fora e eles fugiram da resposta. Foram duas em uma e listo abaixo:

1 - Como as religiões interpretam o fato das outras, bem diferentes, fazerem bem aos adeptos em suas práticas religiosas como orações, rituais, etc.? Falo de um bem até emocional. Elas não acreditam que as outras divindades são verdadeiras pois estariam dizendo que existem divindades diferentes ao mesmo tempo.

2 - A Navalha de Occan pode ser usada na seguinte questão: se existem e existiram tantas religiões e crenças muito diferentes entre si, não seria correto admitir que a explicação correta, a mais simples, é que elas foram invenções das mentes humanas em todas as épocas?

Perceba a força da primeira pergunta: ninguém poderá dizer das práticas religiosas de religiões diferentes serem maléficas aos adeptos. Do contrário, essas religiões, insisto novamente, desapareceriam ou se tornariam muito pequenas. E como está na própria pergunta, uma resposta positiva fará com que a pessoa admita a existência, ao mesmo tempo, de divindades diferentes, o que seria um absurdo.

Na segunda questão existe o problema da possibilidade de uso da Navalha de Occan ou não. Então, para finalizar este texto, deixo a você leitor o desafio da primeira pergunta.

terça-feira, 24 de maio de 2022

Sobre a racionalidade humana, sentimentos e emoções também humanos - A minha procura por informações


Será que existe alguma dúvida de que os três atributos acima das nossas mentes vieram exclusivamente da Evolução?
Ela atuou não somente em nossos corpos. Não vejo e não ouço dizer de trabalhos relacionando todos eles de forma materialista como a Ciência considera. Me avise quem souber porque procuro não só respostas mas também ideias e conceitos.
Alguns cientistas falam em espiritualidade com os nossos sentimentos e emoções e certa vez um estudante de Direito me disse sobre os pensamentos lógicos, tão necessários aos advogados, serem oriundos do espírito, aprendido por ele através de professores.
Neurocientistas, psicólogos, neurologistas, etc., já conhecem a relação entre pensamentos e o sentir, a consciência e também o sentir, muito bem relatados e insistentemente comentados pelo neurocientista português, naturalizado estadunidense, Antônio Damásio.
Será que mesmo na Filosofia existem correntes de pensamentos sobre este assunto? Acredito que sim porque na Neurociência e ciências afins ainda caminham devagar nesse tema, e, talvez, eu esteja ansioso, apressado por informações ou respostas. De qualquer maneira não acredito que existam sentimentos e emoções "sobrando" em nossos cérebros, e talvez por aqui exista um caminho a se pensar.
Acredito na otimização da natureza. O que sobra é utilizado em outras funções ou desaparece.
Será que cientistas evitam este tema uma vez que, publicado em livros não se teria um retorno satisfatório às editoras porque a grande maioria das pessoas são religiosas, ou, pelo menos, não sendo tão apegadas às suas religiões, mesmo assim se sentiriam ofendidas pois acreditam em Deus e nos valores religiosos cristãos? Ou não pegaria bem às universidades tendo publicações ou pesquisas nesse alto grau de materialismo? A qual se relaciona com à questão anterior. No Brasil a sociedade e as instituições são fortemente, talvez com exceções, ligadas ao Cristianismo.
Cito o Cristianismo pois sou brasileiro e quem lê este texto é também, em maioria. Mas existem outros países, como a Índia, por exemplo, possuindo outros valores religiosos, são politeístas, muito diferentes do Brasil, e possuem uma maior produção científica que nós! E assim como em muitos outros países.
E se alguém disser que é cedo para um estudo desses porque não sabemos ainda o quanto as funções cerebrais são influenciadas pela espiritualidade, digo que este mesmo argumento é válido para todas as outras religiões de outros países, levando-nos a um ciclo sem fim ou a um beco sem saída!

domingo, 19 de setembro de 2021

Neurociência, Evolução, o acreditar e a fé e as religiões

Todos sabem que as práticas religiosas fazem bem às pessoas. São muitos os testemunhos, comentários, conversas de parentes, amigos, pessoas em geral, por experiência própria, etc., os quais sempre possuem algo de positivo a dizer sobre tais práticas e seus resultados.

Talvez você não seja religioso, mas não importa, mesmo se achar que essas práticas não lhe servem, conhece a importância delas na vida de muita gente. E se for religioso irá procurar no sobrenatural esperanças, alívio de sintomas emocionais negativos, paz interior, ou seja, uma enorme gama de resultados positivos e benéficos a sua vida. 

Seja qual for a religião, as práticas religiosas relacionadas aos valores religiosos dela mesma serão benéficas aos seus adeptos. E como se sabe disto? Com apenas um argumento será suficiente: ninguém vê uma fuga em massa de adeptos de uma religião, em números expressivos em relação ao total dessa religião. Por exemplo, nós não vemos no Cristianismo, o maior do planeta, com aproximadamente 2,4 bilhões de adeptos, ter milhões ou, melhor dizendo, dezenas, centenas de milhões de pessoas mudando para outra religião em poucos meses, que seja. Conhecemos pessoas trocando de religião, mas é um número muito pequeno em comparação ao total de seguidores. A fuga a qual me refiro denotaria insatisfação, decepção, e o principal: algum problema sério a respeito dos valores religiosos dessa imensa religião. Na realidade isso beira a um delírio porque ele não cresceria tanto se não fosse tão benéfico. Nenhuma outra religião com muitos seguidores também. E mesmo as menores, salvo exceções. 

As religiões promovem um melhor entrosamento entre as pessoas de um grupo, pequeno ou não, e muitos cientistas publicam há muito tempo sobre elas, e não só a uma, influenciando na sobrevivência de grupos humanos no planeta em todas as épocas. Fatos a ver com a sobrevivência individual e também de integrantes dos grupos humanos. A Evolução também chegando ao social pela via religiosa!

Eles dizem sobre fatos óbvios mas que são de grande importância aqui, para depois eu levantar questões de também importância na Neurociência. Cito três deles:

1 - "A religião em geral tem efeitos positivos na saúde física e mental ... as religiões tendem a ser pró-natalistas e mais pessoas religiosas tendem a deixar mais descendentes do que pessoas menos religiosas ou não religiosas ... o grande mundo de religiões que evoluíram no primeiro milênio a.C. durante um período de grande caos social e perturbação, enfatizou um Deus onipotente e transcendente de amor e misericórdia, que ofereceu a salvação em uma vida pós celestial e indivíduos libertados do sofrimento terreno ...". (1)

2 - "A religiosidade é um universal humano, que oferece respostas às questões de contingências [ Natureza do que acontece de modo eventual, incidental ou desnecessário, podendo ter ocorrido de outra forma ou não se ter efetivado] A religiosidade, portanto, pode ser dividida em duas questões: a saber, as questões levantadas como resultado da experiência com as contingências e, em segundo lugar, a resposta a essas questões através da ideia de transcendência ... Uma dissonância cognitiva entre a compreensão de si mesmo e do mundo é vivenciada como uma contingência. A contingência pressupõe que os humanos não considerem mais a realidade garantida. Uma vez que os humanos experimentaram eventos surpreendentes, não rotineiros e inesperados, e uma vez que sentimentos de medo e esperança emergem e possivelmente começa a busca por uma âncora para o evento contingente no conhecido mundo consistente, isso pode sinalizar religiosidade ... Existem inúmeras respostas possíveis para as questões levantadas por experiências de eventos contingentes." (2)

3 - "Pensamentos religiosos ... reduzem as taxas de crimes e aumentam o comportamento altruísta entre estranhos anônimos", dizem os professores de Psicologia Ara Norenzayan e Azim F. Shariff da "University of British Columbia" do Canadá na revista "'Science'". (3) 

Com toda a população de crentes no mundo inteiro, mesmo com aqueles praticantes não assíduos no que acreditam, o número de ateus é significamente menor que todos os habitantes do planeta. Digo isto para entrarmos no conceito genérico de "acreditar". Ele não compreende apenas os valores religiosos. Você acredita no seu potencial a exercer um novo cargo em seu trabalho. Que irá se recuperar logo de uma doença e voltar a sua vida normal. Ele é geral e inato ao ser humano. Nascemos com ele; está em nossas mentes e quase nem refletimos sobre essa condição muito forte de nossa natureza. Se alguém diz não acreditar em nada, já pensamos nos valores religiosos ou mitos dos mais estranhos possíveis; ele é ateu mas acredita em si próprio, no próprio potencial para viver uma vida saudável e feliz, nos mostrando como o conceito de acreditar é geral, forte.

Quanto às questões religiosas, primeiro se acredita nos valores para depois se exercer a fé. Se coloca fé naquilo no que se acredita e não necessariamente só nos valores religiosos, mas também em si próprio como no caso do "acreditar" do ateu, sendo outro alicerce em nossas vidas mentais. 

O acreditar e a fé estão ligados à esperança, aos nossos sonhos, sentimentos e emoções. Não é possível conceber uma pessoa sem a capacidade de "acreditar" e digo assim de modo geral e não só para alguém não acreditando na religiosidade. Eles estão dentro dos nossos cérebros e não é possível extirpá-los de nós, não os termos, a não ser, possivelmente, em casos patológicos. 

Nas profundezas dos nossos cérebros, precisamente em circuitos neuronais com suas reverberações, simplificando o raciocínio, o "conceito" de Deus está presente junto a sentimentos, emoções, ideias de como Ele é, onipresente, onipotente e onisciente, pela imaginação de um crente Nele, etc. Mas... Esses mesmos circuitos estão configurados no cérebro de um hinduísta mas de modo diferente porque, senão, o hindu acreditaria e teria o mesmo "conceito" do Deus cristão! Cristãos e hinduístas foram ensinados diferentemente pelos pais, nos seus meios ambientes sociais porque essas duas religiões são diferentes, e, por conseguinte, acreditam e colocam fé em valores religiosos diferentes. Então seria impossível haver ao mesmo tempo deuses diferentes e valores diferentes também. E as outras religiões e também outras que já se extinguiram? Sim, e a saída a esse impasse seria admitir a veracidade de uma só. Mas então voltaríamos à pergunta: por que todas são benéficas aos próprios adeptos? Em minha opinião, e é aquilo sempre escrito por mim, os valores estão fortemente arraigados nos cérebros de cada adepto de todas as religiões, possuindo muita força quando evocados em orações, pensamentos, rituais, etc., não existindo, na realidade, entes divinos e todos os valores relacionados a eles. O fato é somente cerebral, a energia do cérebro desprendida e não oriunda do sobrenatural e sim na concentração no que se acredita e põe fé!

Seria o conceito filosófico da Navalha de Occan válido aos meus argumentos? Ela que diz ser a resposta mais simples ser a verdadeira? Pois bem, de todas as épocas, a "criação" de milhões de deuses e dezenas ou centenas de milhões de outros valores religiosos, sem exageros, não poderiam ser substituídos por apenas um "conceito"? O cérebro humano? Deixo esta questão em aberto. 

Acredito em um futuro de muitas discussões entre as religiões e a Neurociência, conforme esta for pesquisando e descobrindo sobre o que há nas "profundezas cerebrais" do segundo parágrafo anterior.

E, conforme o argumento: "A religiosidade contribuiu com a nossa sobrevivência como espécie humana citados nos exemplos de um a três", eu pergunto: existiriam religiões, crenças e sistemas de crenças se não fossem o acreditar e a fé? Lógico que não! Eles seriam vantagens evolutivas? Na minha opinião sim e, antes que eu começasse a ler artigos similares aos citados, escrevi um texto de nome "O acreditar e a fé como vantagens evolutivas", (2.a) mas relativo a problemas existenciais oriundos de questionamentos da nossa inteligência e consciência. Esses problemas levariam a outros de ordem emocional, comprometendo a nossa sobrevivência, algo como no item dois. Um tema em nível individual mas certamente causando problemas aos grupos sociais.

O acreditar e a fé realmente produzem comportamentos benéficos aos próprios religiosos e às suas relações dentro de um grupo. Como exemplo, uma pessoa rezando "O Pai Nosso" está exercendo a fé em Deus pois acredita Nele, e ainda existe o compromisso social na frase "perdoai as nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tenham ofendido", sendo o perdão um ato de grande benefício entre pessoas. Assim, rezando em casa, na igreja ou no templo frequentado, é um comportamento, ritualístico. 

E se alguém disser que houve muitas mortes devido às religiões através de homicídios, atentados, conflitos, guerras, etc., digo da ignorância, intolerância, incompreensão, contra às quais não podemos fazer quase nada, apenas lutar contra. De qualquer maneira, em 1850 éramos por volta de 1,7 bilhões de pessoas no mundo. E hoje, a despeito de todas as guerras, catástrofes naturais, homicídios, doenças, etc., de lá para cá, somos mais de 7,5 bilhões. 

As forças evolutivas estão vencendo.

Somos mais eficientes do que ratos!

 

 Notas:

(1) Sanderson, S. K. (2008). Adaptation, evolution, and religion.

https://www.researchgate.net/.../228344844_Adaptation....

(2) Soeling, C. & Voland, E. (2002). Toward an evolutionary psychology of religiosity.

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12496740.

(2.a) Pinto, A. A. (2008). O acreditar e a fé como vantagens evolutivas.

https://orelativismodasreligioes.blogspot.com/.../o-acred....

(3) Shariff, A. F. & Norenzayan, A. (2008). The Origin and Evolution of Religious Prosociality.

https://www.science.org/doi/abs/10.1126/science.1158757....

 

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Religiões e crenças: todas são invenções dos cérebros humanos

Observações:

1 - Não seria uma vantagem evolutiva para um ser com um cérebro consciente de si próprio, do corpo no qual habita e sobre as condições do meio ambiente circundante, a criação de crenças exercendo um feedback altamente positivo, emocionalmente falando, a ele mesmo e ao próprio corpo, para não entrar em conflitos emocionais existenciais a prejudicar a própria sobrevivência e da sua espécie?

2 - Levo então este texto a um dos modos na qual a seleção natural atuou no ser humano ao propósito acima, sua saúde mental a questões existenciais.

Desde os primeiros seres vivos  unicelulares na Terra, eles recebiam estímulos positivos e negativos do meio ambiente.

Alimentos a funcionar o metabolismo de um deles era um grande estímulo positivo e, ao contrário, uma fonte de calor, não percebida ou “sentida", deixando-o sem ação a se afastar dela, o destruiria por completo. 

Esses pequenos seres só evoluíam e se reproduziam a partir de mecanismos protetores de si mesmos e deixando descendentes adaptados aos meios ambientes nos quais viviam.

Sempre foi assim na história da vida e também com os organismos pluricelulares. Só que alguns destes se valeram de sistemas especializados, específicos, como o digestivo, circulatório, etc., mantendo-os vivos conforme suas complexidades sempre crescentes. Então, um determinado sistema desses foi crucial para a sobrevivência de várias espécies porque possuía a capacidade de receber informações do meio natural, processava-os e reagia de modo adequado ao indivíduo sobreviver: digo do sistema nervoso. Ele evoluiu também chegando ao ápice de desenvolvimento com a cognição, consciência, sentimentos e emoções de nós seres humanos. 

Neste capítulo eu utilizo a palavra "bem" designando qualquer estímulo benéfico aos humanos, desde uma mudança climática favorável à sobrevivência de um grupo de antigos caçadores coletores até o desaparecimento de uma dor a estimular uma pessoa a voltar a trabalhar. Quer dizer, estímulos externos e internos. E por "mal" o totalmente ao contrário, os estímulos negativos dos meios externos e internos: de uma seca não permitindo o plantio de um alimento essencial à vida de um grupo de pessoas em determinado local, a uma doença causada por algum desarranjo no funcionamento de um órgão devido a um fator genético.

O mal traz sofrimento, de alguns segundos a uma vida inteira, dependendo, logicamente, da sua natureza. Males físicos e/ou emocionais. Como nós humanos lidariam com tudo isto?  Se você pudesse perguntar a um cão sobre qual seria o maior incômodo a ele em sua vida, certamente seria o mal em todas as suas manifestações: dor, fome, sede, animais inimigos, frio, calor, etc. Para tanto essa pergunta teria a consciência dele para responder e então ele entraria em questões existenciais como eu descrevo neste capítulo, complementando uma das grandes faces de nossa condição humana na Terra.

Informações, orações e conceitos, sobre a religião local, considerada absoluta, verdadeira, àquele povo que a segue, passados às crianças desde muito cedo, se transformarão em valores religiosos nos quais elas se apoiarão nas práticas religiosas e lhes farão bem emocionalmente falando.

São muitos anos de contato com conceitos em que ficarão fortemente arraigados em seus cérebros possuindo muita força quando das orações, preces, rituais, etc., envolvendo muita concentração, ou seja, quando evocados, praticados.

Não é correto dizer: se você nasce no Brasil é cristão; se nasce na Índia é hinduísta. Isso dependerá dos valores religiosos aprendidos por você desde criança pelos seus pais, parentes, amigos, etc., da religião local seguida por eles. Ninguém nasce, por exemplo, com Deus já na própria mente, antes de ser ensinado, como, em uma simples comparação, com as cores pelos olhos e cérebro ou a sensação doce do açúcar.

Levo essas coisas pelo lado materialista sendo que não acredito em divindades, alma ou espírito a levar consolo, bem-estar, conforto, etc., bastando a "força cerebral". Ou seja, tudo o que eu disse nos dois parágrafos acima são memórias que, quando estimuladas, atuarão em liberar hormônios, neurotransmissores, outras substâncias, também promovendo a neuroplasticidade como já se constatou em tomógrafos, deixando o cérebro capacitado a um melhor funcionamento em termos de sentimentos e emoções. Deus, deuses de todas as religiões, alma e espírito seriam apenas entes imaginários.

Tudo isso também faria uma parte considerável sobre a explicação da existência das muitas quantidades de religiões e crenças pelo mundo, de ontem e de hoje: pessoas foram ensinadas diferentemente em seus locais de origem e desde pequenas com respeito a valores religiosos.

Não é à toa, portanto, que as práticas religiosas de todas elas, até com algumas afinidades, mas principalmente diferenças, fazem bem aos seus adeptos.

Uma consequência desses fatos seria o fato de que cada crente considera absolutas as verdades, as crenças, de sua própria religião e não das outras. Mas o que existe de absoluto mesmo, nos seres humanos, são o acreditar e a fé, da nossa natureza como indivíduos, nos possibilitando acreditar e por fé em nossas crenças, criadas por nós mesmos.

Acredito em uma explicação existencial para o ser humano sempre formular crenças e sistemas de crenças, tendo uma ligação primordial com a consciência e o amor-próprio. Como nós humanos, inteligentes, conscientes de nós mesmos e do mundo que nos cerca, e com amor-próprio no sentido que queremos o nosso bem, no planeta há centenas de milhares de anos, conseguiríamos conviver com o bem e o mal citados na “Introdução” e com questões existenciais, podendo elas abalar o nosso equilíbrio emocional, levando-nos até à doenças e colocando em risco a sobrevivência da espécie, a partir de questionamentos a respeito de nós mesmos, nossas vidas, o mundo, e a morte?

Coloco então aqui resumidamente as questões existenciais:   

1 - Nós: "Quem sou eu? O que sou eu? O que faço aqui neste mundo? Por que estou aqui? Há uma finalidade para eu estar vivo?".

2 - Nossas vidas: "Qual o sentido da vida? Por que vivemos? Para que vivemos? Existe uma finalidade? Se sim, qual seria?".

3 - A morte: "Para onde vou após a morte? Por que ela existe? Voltarei? Por que uns morrem primeiro a outros independentes de tudo? Depois dela há vida em outro lugar? Encontrarei os meus entes queridos que já se foram e aqueles ainda por irem?".

4 - O mundo: "De onde veio tudo que eu vejo? Este mundo? O que é ele? Existem outros?".

E uma das piores questões, sobre a vida e a morte, deixando em agonia a grande maioria das pessoas já vividas na Terra e as que ainda vivem: "A única certeza da vida é a morte!".

E foi assim desde o primeiro humano...

Em minha opinião, a saída para essas questões sempre fora a invenção de crenças e sistemas de crenças, chegando-se ou não nas religiões em todas as épocas e lugares, mas sempre se formando valores religiosos nessas crenças como deuses, outros entes divinos, rituais, sacrifícios, danças, etc., acreditando-se e colocando-se a fé nesses valores.

Entro em contato com filósofos, filósofos religiosos e teólogos na tentativa de obter informações a respeito de se ultrapassar uma linha, digamos assim, separando o que eu sempre penso sobre o fato de todas as religiões serem benéficas aos seus adeptos juntamente com outro fato, já descrito por mim neste texto: se cada adepto de uma religião a considera absoluta, verdadeira, qual seria realmente a correta?

Deve existir algo a mais à frente desta questão a qual não consigo uma resposta satisfatória desses estudiosos: eles sempre param a conversa em suas religiões de origem considerando-as verdadeiras. Não sei se porque são religiosos mesmos ou por terem medo de serem chamados de ateus, prejudicando suas carreiras, porque, na verdade, a única saída a essa questão, a única existente, e aqui entra a minha opinião, seria admitir que fosse o cérebro é quem faz tudo, dependendo dos ensinamentos religiosos passados a eles desde crianças, assim como em todas as pessoas.


Observação:

Desde os caçadores coletores, das épocas do surgimento das civilizações e até hoje, existiam e existem problemas os quais os seres humanos não entendiam e não entendem, buscando sempre respostas no sobrenatural, nos valores religiosos, em deuses de suas próprias religiões. Explicações sobre o que são as montanhas, o céu, os mares, tempestades, como de pequenas e duras sementes nascia uma grande árvore, a gestação feminina resultando em um novo homem ou mulher, acidentes, doenças, ou seja, n problemas e situações incompreensíveis a eles, e as respostas estariam nas vontades de  seres onipotentes, onipresentes e oniscientes.