sábado, 27 de agosto de 2022

The Atheist Circularity

“How can a true religion exist if the religious practices of others are also beneficial to its adherents, with exceptions, proving to be the divinity (s) and religious values ​​also true, but this is also absurd because it is not can there be several true religions at the same time, due to this circularity, thus leading us to believe in the one truth of all being false?"

A Circularidade Ateísta

Por Argos Arruda Pinto


"Como pode existir uma religião verdadeira se as práticas religiosas das outras são também benéficas aos seus adeptos, com exceções, demonstrando ser a (s)   divindade (s) e os valores religiosos também verdadeiros, mas, isto sendo também um absurdo porque não se pode haver várias religiões verdadeiras ao mesmo tempo,  devido à esta circularidade, nos levando então a crer na verdade única de todas serem falsas?"

domingo, 7 de agosto de 2022

O porquê dos nossos sentimentos: por que existem sentimentos e emoções negativos?

Obs.: "Este texto faz parte do meu primeiro livro de mesmo nome. Deixo-o bem básico. A Teoria da Evolução já é difícil de ser aceita, em especial devido às religiões de todo o planeta, no que diz respeito aos corpos dos animais, como eles mudaram e mudam. Imagine então sobre os nossos processos lógicos mentais? Ainda mais que sentimentos e emoções foram imprescindíveis à sobrevivência do ser humano no planeta. Mas, o pior de tudo, que os sentimentos e emoções negativos também foram essenciais para tanto. Não que houvesse uma direção neste sentido como eu disse agora e sim pelo fato de existirem, que foram e são necessários."

 

Sentimentos e emoções positivos serviram a nossa sobrevivência como espécies, foram selecionadas pela Evolução, pois, como exemplo, o amor, o afeto e o carinho entre pais e filhotes foram e é uma ligação das mais importantes do reino animal, até os pequenos animais possuírem maturidade para uma vida independente. Mas, e os sentimentos e as emoções negativos? 

Nenhum sistema adaptativo como o cérebro, visando o comando de um corpo para se perpetuar junto a ele, irá responder somente de modo positivo, no sentido de sentimentos positivos, em um meio ambiente no qual os estímulos exteriores são positivos e negativos também. Ninguém gostará de um inimigo! E como estamos vivos hoje se antes da nossa espécie já havia ancestrais com poderosíssimas forças negativas em suas mentes? O que aconteceu e o que acontece? Estariam e estão na contramão da Evolução? Agora eu discorro sobre três deles, talvez os mais poderosos no sentido de serem desastrosos para quaisquer espécies, e dos mais comuns e intensos, o ódio, a raiva e a agressividade, possuindo sim um papel indispensável na Evolução se analisados com o cuidado merecido. A partir do desenvolvimento do sistema nervoso, do mais primitivo ao mais capacitado e complexo, o nosso, digo do quanto eles foram fundamentais na preservação das espécies de muitos seres vivos.

 

I - Agressividade

Para começar voltarei no tempo justamente na época do próprio surgimento e desenvolvimento ulterior da vida. Imagine um cenário muito antigo, em um lago ou oceano, quando dos primeiros seres vivos  unicelulares desprovidos  de  núcleos, com  uma substância, uma fonte de calor, etc., ameaçando um grupo desses pequenos seres já providos de movimentos próprios. Alguns deles não só conseguiam perceber o perigo como também reagiam se movendo em direção e sentido opostos  ao local dessas ameaças. Os outros simplesmente seriam destruídos por esses fenômenos tão comuns na natureza.

Percebem-se por aqueles sobreviventes, dois fatores cruciais em suas reações: a percepção da ameaça e todo um sistema a colocar-lhes em movimento, pois suas partes como organelas, cromossomos, substâncias químicas diversas em seus interiores, etc., são levadas em conjunto com suas membranas  a um  local seguro, porque as  suas existências e consequentemente a existência desses unicelulares dependem delas porque  são sistemas separados do meio ambiente.

O movimento desses heróis microscópicos reflete uma pequena dose de agressividade perante o meio ambiente, uma não passividade frente ao perigo, um pequeno, mas verdadeiro embrião de um sistema nervoso a serviço de suas sobrevivências.

Na alimentação por fagocitose, os pseudópodes da célula agressora

englobam o material a ser ingerido. É um processo ativo, demonstrando de forma mais clara esse embrião de sistema nervoso porque há intenção,

ataque e captura de uma “presa”, a saber, um simples corpo sólido ou outro ser vivo, mas indispensável à vida de quem o realiza. Imagine então um predador, um organismo multicelular, no qual a sua presa percebe a sua presença e tende a se afastar ou a se defender.

Um processo desses preservado, aperfeiçoado, por genes, chegou até nós e o realizamos com requintes de crueldade para saborearmos uma boa porção de carne. Bilhões de anos, inúmeras quantidades de predadores, presas, habitats e comportamentos bem diversos, levam a marca implacável da agressividade como denominador comum na sobrevivência das espécies.

Mas a agressividade se revela de maneira diversa em seres vivos complexos não só com respeito à captura de presas, em ataques dos mais variados modos, etc. Dizendo do comportamento humano, você, ao colocar toda a sua motivação para terminar um trabalho atrasado, podendo até lhe causar a perda do emprego, estará descarregando uma grande dose de agressividade. Uma repreensão verbal a um filho de forma enérgica pois ele acabara de fazer algo errado também é uma agressão, mas de maneira consciente, ensinando-o diferenciar o certo do errado. E a agressividade entre pessoas levando à morte ou a danos físicos? Isso sempre existiu e realmente, em sua maioria, é contra a evolução. Mas, simplificando, todas as pessoas não ficam todos os dias se agredindo! Aqui, neste ponto deste capítulo, deve-se ter cuidado com ideias e colocações, pois realmente o ser humano sempre viveu em conflitos e guerras, mas hoje somos mais de sete bilhões habitando a Terra. Outros sentimentos e emoções levando-nos a muitos valores morais e sociais predominaram.

 

II - Raiva

Uma emoção poderosa, causada por muitos fatores como não atingir um objetivo ou necessidade, ter uma contrariedade, não satisfazer um desejo ou ter uma ação frustrada, sentirmos nossos direitos desrespeitados, nos depararmos com injustiças, críticas, ofensas etc. Nosso dia a dia também acarreta estados de raiva: uma fila demorada, uma piada de mau gosto, um aceno indesejado de alguém no trânsito, etc.

Apesar de ser uma emoção destrutiva eu pergunto: quem gostaria de passar raiva durante 24 horas? Temos capacidade para afastarmos estados de raiva, principalmente a racionalização, na qual a nossa razão possa determinar se compensa ou não nos deixar levar por uma explosão de raiva.

Mas, como a agressividade, ela existe. A mesma questão como na agressividade: ela estaria na contramão da Evolução? A resposta é não. Ela aumenta a energia e a força para um animal abater uma presa reagindo com eficiência a um ataque. Um complemento, uma ajuda na agressividade. E como na repreensão verbal a um filho citado em “agressividade”, você poderá estar com raiva dele, mas a canaliza para o bem-estar da criança.

Se no modo de vida moderno nós não precisamos abater diretamente um animal como faziam os antigos caçadores coletores, temos muitos estímulos levando-nos à raiva e aprendemos a, pelo menos, não deixar alterar de modo significativo o nosso bem-estar psicológico e dos outros. Uma luta diária. E ainda em sociedade extravasamos nossa raiva em movimentos como direitos humanos, preconceitos, injustiças sociais, etc., ou seja, tudo do sistema considerado errado.

III - Ódio

De uma aversão instintiva, um rancor duradouro até uma profunda inimizade, o ódio também parece se localizar na contramão da Evolução. Então por que o temos?

Exemplos de nossos ancestrais em suas vidas primitivas em tecnologia permite-nos uma boa pista para esse aparente paradoxo. Um predador passa próximo a um grupo de humanos e se afasta. Não atacou ninguém, mas todos sabem da sua provável volta. E quando aparece desperta ódio, talvez já presente em muitos da tribo, levando aquelas pessoas a um ataque possivelmente já combinado entre os mais destemidos do grupo.

O ódio a um inimigo ou a um representante de uma ameaça, poderá deixar uma mãe prestando mais atenção em possíveis perturbações a seus filhotes, ou seja, ele proporcionaria uma série de comportamentos na defesa da prole e de si mesma.

Gosto de raciocinar de uma forma, na falta de um termo designativo, original (?), sendo “o pensar ao contrário”: se o ódio, a raiva e a agressão não existissem, quanto não ficaríamos vulneráveis sem eles? Seria possível um ser vivo tão complexo como nós, e mesmo outros, mas tão passivos? Isto nunca existiria no reino animal!  Acreditar só no amor, só nos sentimentos positivos a existirem, é uma grande ingenuidade. O amor tem como oposto a indiferença, mas e o não gostar de algo? Faz parte sim da nossa sobrevivência o não gostar de muita coisa chegando realmente ao ódio àquilo nos fazendo mal, principalmente em situações perigosas, tão comuns em praticamente todos os habitats terrestres.

No plano social o ódio aparece e muito entre pessoas sendo inúmeras as situações nas quais esse sentimento se desperta, mas, como a raiva, há certo controle por parte do ser humano para muitas diferenças não os levarem a conflitos desastrosos. Aprendemos a nos controlar, racionalizar como na raiva, percebendo se compensa ou não uma discussão ou uma agressão devido aos sentimentos e emoções profundas como esses.  

Os seres vivos sempre estiveram em um mundo repleto de estímulos positivos e negativos! Do primeiro exemplo mostrado sobre um unicelular fugindo de uma fonte de calor, denotando uma reação a um estímulo negativo, até uma mãe não gostando nada de um inimigo ou ameaça a sua prole, algum animal considerado perigoso para ela, tudo indica uma perpetuação da agressividade, acompanhada por raiva, ódio, etc., como comportamentos de geração a geração, principalmente em animais. Não dá para conceber um planeta como o nosso onde sobreviveriam apenas indivíduos com reações benéficas com o ambiente e poucas reações agressivas. E no exemplo da mãe exige-se um sistema nervoso complexo, evoluído de muitas e muitas gerações como são os dos mamíferos.

Seja lá como eram os primeiros unicelulares em estrutura e comportamento, eles estavam adaptados e procriaram dentro de ambientes com estímulos positivos e negativos reagindo de forma adequada a cada um deles.

Conforme o sistema nervoso foi evoluindo, regiões e/ou funções diversas responsáveis pela agressão, raiva e o ódio, foram se perpetuando nos organismos multicelulares.