terça-feira, 24 de maio de 2022

Sobre a racionalidade humana, sentimentos e emoções também humanos - A minha procura por informações


Será que existe alguma dúvida de que os três atributos acima das nossas mentes vieram exclusivamente da Evolução?
Ela atuou não somente em nossos corpos. Não vejo e não ouço dizer de trabalhos relacionando todos eles de forma materialista como a Ciência considera. Me avise quem souber porque procuro não só respostas mas também ideias e conceitos.
Alguns cientistas falam em espiritualidade com os nossos sentimentos e emoções e certa vez um estudante de Direito me disse sobre os pensamentos lógicos, tão necessários aos advogados, serem oriundos do espírito, aprendido por ele através de professores.
Neurocientistas, psicólogos, neurologistas, etc., já conhecem a relação entre pensamentos e o sentir, a consciência e também o sentir, muito bem relatados e insistentemente comentados pelo neurocientista português, naturalizado estadunidense, Antônio Damásio.
Será que mesmo na Filosofia existem correntes de pensamentos sobre este assunto? Acredito que sim porque na Neurociência e ciências afins ainda caminham devagar nesse tema, e, talvez, eu esteja ansioso, apressado por informações ou respostas. De qualquer maneira não acredito que existam sentimentos e emoções "sobrando" em nossos cérebros, e talvez por aqui exista um caminho a se pensar.
Acredito na otimização da natureza. O que sobra é utilizado em outras funções ou desaparece.
Será que cientistas evitam este tema uma vez que, publicado em livros não se teria um retorno satisfatório às editoras porque a grande maioria das pessoas são religiosas, ou, pelo menos, não sendo tão apegadas às suas religiões, mesmo assim se sentiriam ofendidas pois acreditam em Deus e nos valores religiosos cristãos? Ou não pegaria bem às universidades tendo publicações ou pesquisas nesse alto grau de materialismo? A qual se relaciona com à questão anterior. No Brasil a sociedade e as instituições são fortemente, talvez com exceções, ligadas ao Cristianismo.
Cito o Cristianismo pois sou brasileiro e quem lê este texto é também, em maioria. Mas existem outros países, como a Índia, por exemplo, possuindo outros valores religiosos, são politeístas, muito diferentes do Brasil, e possuem uma maior produção científica que nós! E assim como em muitos outros países.
E se alguém disser que é cedo para um estudo desses porque não sabemos ainda o quanto as funções cerebrais são influenciadas pela espiritualidade, digo que este mesmo argumento é válido para todas as outras religiões de outros países, levando-nos a um ciclo sem fim ou a um beco sem saída!

domingo, 19 de setembro de 2021

Neurociência, Evolução, o acreditar e a fé e as religiões

Todos sabem que as práticas religiosas fazem bem às pessoas. São muitos os testemunhos, comentários, conversas de parentes, amigos, pessoas em geral, por experiência própria, etc., os quais sempre possuem algo de positivo a dizer sobre tais práticas e seus resultados.

Talvez você não seja religioso, mas não importa, mesmo se achar que essas práticas não lhe servem, conhece a importância delas na vida de muita gente. E se for religioso irá procurar no sobrenatural esperanças, alívio de sintomas emocionais negativos, paz interior, ou seja, uma enorme gama de resultados positivos e benéficos a sua vida. 

Seja qual for a religião, as práticas religiosas relacionadas aos valores religiosos dela mesma serão benéficas aos seus adeptos. E como se sabe disto? Com apenas um argumento será suficiente: ninguém vê uma fuga em massa de adeptos de uma religião, em números expressivos em relação ao total dessa religião. Por exemplo, nós não vemos no Cristianismo, o maior do planeta, com aproximadamente 2,4 bilhões de adeptos, ter milhões ou, melhor dizendo, dezenas, centenas de milhões de pessoas mudando para outra religião em poucos meses, que seja. Conhecemos pessoas trocando de religião, mas é um número muito pequeno em comparação ao total de seguidores. A fuga a qual me refiro denotaria insatisfação, decepção, e o principal: algum problema sério a respeito dos valores religiosos dessa imensa religião. Na realidade isso beira a um delírio porque ele não cresceria tanto se não fosse tão benéfico. Nenhuma outra religião com muitos seguidores também. E mesmo as menores, salvo exceções. 

As religiões promovem um melhor entrosamento entre as pessoas de um grupo, pequeno ou não, e muitos cientistas publicam há muito tempo sobre elas, e não só a uma, influenciando na sobrevivência de grupos humanos no planeta em todas as épocas. Fatos a ver com a sobrevivência individual e também de integrantes dos grupos humanos. A Evolução também chegando ao social pela via religiosa!

Eles dizem sobre fatos óbvios mas que são de grande importância aqui, para depois eu levantar questões de também importância na Neurociência. Cito três deles:

1 - "A religião em geral tem efeitos positivos na saúde física e mental ... as religiões tendem a ser pró-natalistas e mais pessoas religiosas tendem a deixar mais descendentes do que pessoas menos religiosas ou não religiosas ... o grande mundo de religiões que evoluíram no primeiro milênio a.C. durante um período de grande caos social e perturbação, enfatizou um Deus onipotente e transcendente de amor e misericórdia, que ofereceu a salvação em uma vida pós celestial e indivíduos libertados do sofrimento terreno ...". (1)

2 - "A religiosidade é um universal humano, que oferece respostas às questões de contingências [ Natureza do que acontece de modo eventual, incidental ou desnecessário, podendo ter ocorrido de outra forma ou não se ter efetivado] A religiosidade, portanto, pode ser dividida em duas questões: a saber, as questões levantadas como resultado da experiência com as contingências e, em segundo lugar, a resposta a essas questões através da ideia de transcendência ... Uma dissonância cognitiva entre a compreensão de si mesmo e do mundo é vivenciada como uma contingência. A contingência pressupõe que os humanos não considerem mais a realidade garantida. Uma vez que os humanos experimentaram eventos surpreendentes, não rotineiros e inesperados, e uma vez que sentimentos de medo e esperança emergem e possivelmente começa a busca por uma âncora para o evento contingente no conhecido mundo consistente, isso pode sinalizar religiosidade ... Existem inúmeras respostas possíveis para as questões levantadas por experiências de eventos contingentes." (2)

3 - "Pensamentos religiosos ... reduzem as taxas de crimes e aumentam o comportamento altruísta entre estranhos anônimos", dizem os professores de Psicologia Ara Norenzayan e Azim F. Shariff da "University of British Columbia" do Canadá na revista "'Science'". (3) 

Com toda a população de crentes no mundo inteiro, mesmo com aqueles praticantes não assíduos no que acreditam, o número de ateus é significamente menor que todos os habitantes do planeta. Digo isto para entrarmos no conceito genérico de "acreditar". Ele não compreende apenas os valores religiosos. Você acredita no seu potencial a exercer um novo cargo em seu trabalho. Que irá se recuperar logo de uma doença e voltar a sua vida normal. Ele é geral e inato ao ser humano. Nascemos com ele; está em nossas mentes e quase nem refletimos sobre essa condição muito forte de nossa natureza. Se alguém diz não acreditar em nada, já pensamos nos valores religiosos ou mitos dos mais estranhos possíveis; ele é ateu mas acredita em si próprio, no próprio potencial para viver uma vida saudável e feliz, nos mostrando como o conceito de acreditar é geral, forte.

Quanto às questões religiosas, primeiro se acredita nos valores para depois se exercer a fé. Se coloca fé naquilo no que se acredita e não necessariamente só nos valores religiosos, mas também em si próprio como no caso do "acreditar" do ateu, sendo outro alicerce em nossas vidas mentais. 

O acreditar e a fé estão ligados à esperança, aos nossos sonhos, sentimentos e emoções. Não é possível conceber uma pessoa sem a capacidade de "acreditar" e digo assim de modo geral e não só para alguém não acreditando na religiosidade. Eles estão dentro dos nossos cérebros e não é possível extirpá-los de nós, não os termos, a não ser, possivelmente, em casos patológicos. 

Nas profundezas dos nossos cérebros, precisamente em circuitos neuronais com suas reverberações, simplificando o raciocínio, o "conceito" de Deus está presente junto a sentimentos, emoções, ideias de como Ele é, onipresente, onipotente e onisciente, pela imaginação de um crente Nele, etc. Mas... Esses mesmos circuitos estão configurados no cérebro de um hinduísta mas de modo diferente porque, senão, o hindu acreditaria e teria o mesmo "conceito" do Deus cristão! Cristãos e hinduístas foram ensinados diferentemente pelos pais, nos seus meios ambientes sociais porque essas duas religiões são diferentes, e, por conseguinte, acreditam e colocam fé em valores religiosos diferentes. Então seria impossível haver ao mesmo tempo deuses diferentes e valores diferentes também. E as outras religiões e também outras que já se extinguiram? Sim, e a saída a esse impasse seria admitir a veracidade de uma só. Mas então voltaríamos à pergunta: por que todas são benéficas aos próprios adeptos? Em minha opinião, e é aquilo sempre escrito por mim, os valores estão fortemente arraigados nos cérebros de cada adepto de todas as religiões, possuindo muita força quando evocados em orações, pensamentos, rituais, etc., não existindo, na realidade, entes divinos e todos os valores relacionados a eles. O fato é somente cerebral, a energia do cérebro desprendida e não oriunda do sobrenatural e sim na concentração no que se acredita e põe fé!

Seria o conceito filosófico da Navalha de Occan válido aos meus argumentos? Ela que diz ser a resposta mais simples ser a verdadeira? Pois bem, de todas as épocas, a "criação" de milhões de deuses e dezenas ou centenas de milhões de outros valores religiosos, sem exageros, não poderiam ser substituídos por apenas um "conceito"? O cérebro humano? Deixo esta questão em aberto. 

Acredito em um futuro de muitas discussões entre as religiões e a Neurociência, conforme esta for pesquisando e descobrindo sobre o que há nas "profundezas cerebrais" do segundo parágrafo anterior.

E, conforme o argumento: "A religiosidade contribuiu com a nossa sobrevivência como espécie humana citados nos exemplos de um a três", eu pergunto: existiriam religiões, crenças e sistemas de crenças se não fossem o acreditar e a fé? Lógico que não! Eles seriam vantagens evolutivas? Na minha opinião sim e, antes que eu começasse a ler artigos similares aos citados, escrevi um texto de nome "O acreditar e a fé como vantagens evolutivas", (2.a) mas relativo a problemas existenciais oriundos de questionamentos da nossa inteligência e consciência. Esses problemas levariam a outros de ordem emocional, comprometendo a nossa sobrevivência, algo como no item dois. Um tema em nível individual mas certamente causando problemas aos grupos sociais.

O acreditar e a fé realmente produzem comportamentos benéficos aos próprios religiosos e às suas relações dentro de um grupo. Como exemplo, uma pessoa rezando "O Pai Nosso" está exercendo a fé em Deus pois acredita Nele, e ainda existe o compromisso social na frase "perdoai as nossas ofensas, assim como perdoamos a quem nos tenham ofendido", sendo o perdão um ato de grande benefício entre pessoas. Assim, rezando em casa, na igreja ou no templo frequentado, é um comportamento, ritualístico. 

E se alguém disser que houve muitas mortes devido às religiões através de homicídios, atentados, conflitos, guerras, etc., digo da ignorância, intolerância, incompreensão, contra às quais não podemos fazer quase nada, apenas lutar contra. De qualquer maneira, em 1850 éramos por volta de 1,7 bilhões de pessoas no mundo. E hoje, a despeito de todas as guerras, catástrofes naturais, homicídios, doenças, etc., de lá para cá, somos mais de 7,5 bilhões. 

As forças evolutivas estão vencendo.

Somos mais eficientes do que ratos!

 

 Notas:

(1) Sanderson, S. K. (2008). Adaptation, evolution, and religion.

https://www.researchgate.net/.../228344844_Adaptation....

(2) Soeling, C. & Voland, E. (2002). Toward an evolutionary psychology of religiosity.

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12496740.

(2.a) Pinto, A. A. (2008). O acreditar e a fé como vantagens evolutivas.

https://orelativismodasreligioes.blogspot.com/.../o-acred....

(3) Shariff, A. F. & Norenzayan, A. (2008). The Origin and Evolution of Religious Prosociality.

https://www.science.org/doi/abs/10.1126/science.1158757....

 

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Religiões e crenças: todas são invenções dos cérebros humanos

Observações:

1 - Não seria uma vantagem evolutiva para um ser com um cérebro consciente de si próprio, do corpo no qual habita e sobre as condições do meio ambiente circundante, a criação de crenças exercendo um feedback altamente positivo, emocionalmente falando, a ele mesmo e ao próprio corpo, para não entrar em conflitos emocionais existenciais a prejudicar a própria sobrevivência e da sua espécie?

2 - Levo então este texto a um dos modos na qual a seleção natural atuou no ser humano ao propósito acima, sua saúde mental a questões existenciais.

Desde os primeiros seres vivos  unicelulares na Terra, eles recebiam estímulos positivos e negativos do meio ambiente.

Alimentos a funcionar o metabolismo de um deles era um grande estímulo positivo e, ao contrário, uma fonte de calor, não percebida ou “sentida", deixando-o sem ação a se afastar dela, o destruiria por completo. 

Esses pequenos seres só evoluíam e se reproduziam a partir de mecanismos protetores de si mesmos e deixando descendentes adaptados aos meios ambientes nos quais viviam.

Sempre foi assim na história da vida e também com os organismos pluricelulares. Só que alguns destes se valeram de sistemas especializados, específicos, como o digestivo, circulatório, etc., mantendo-os vivos conforme suas complexidades sempre crescentes. Então, um determinado sistema desses foi crucial para a sobrevivência de várias espécies porque possuía a capacidade de receber informações do meio natural, processava-os e reagia de modo adequado ao indivíduo sobreviver: digo do sistema nervoso. Ele evoluiu também chegando ao ápice de desenvolvimento com a cognição, consciência, sentimentos e emoções de nós seres humanos. 

Neste capítulo eu utilizo a palavra "bem" designando qualquer estímulo benéfico aos humanos, desde uma mudança climática favorável à sobrevivência de um grupo de antigos caçadores coletores até o desaparecimento de uma dor a estimular uma pessoa a voltar a trabalhar. Quer dizer, estímulos externos e internos. E por "mal" o totalmente ao contrário, os estímulos negativos dos meios externos e internos: de uma seca não permitindo o plantio de um alimento essencial à vida de um grupo de pessoas em determinado local, a uma doença causada por algum desarranjo no funcionamento de um órgão devido a um fator genético.

O mal traz sofrimento, de alguns segundos a uma vida inteira, dependendo, logicamente, da sua natureza. Males físicos e/ou emocionais. Como nós humanos lidariam com tudo isto?  Se você pudesse perguntar a um cão sobre qual seria o maior incômodo a ele em sua vida, certamente seria o mal em todas as suas manifestações: dor, fome, sede, animais inimigos, frio, calor, etc. Para tanto essa pergunta teria a consciência dele para responder e então ele entraria em questões existenciais como eu descrevo neste capítulo, complementando uma das grandes faces de nossa condição humana na Terra.

Informações, orações e conceitos, sobre a religião local, considerada absoluta, verdadeira, àquele povo que a segue, passados às crianças desde muito cedo, se transformarão em valores religiosos nos quais elas se apoiarão nas práticas religiosas e lhes farão bem emocionalmente falando.

São muitos anos de contato com conceitos em que ficarão fortemente arraigados em seus cérebros possuindo muita força quando das orações, preces, rituais, etc., envolvendo muita concentração, ou seja, quando evocados, praticados.

Não é correto dizer: se você nasce no Brasil é cristão; se nasce na Índia é hinduísta. Isso dependerá dos valores religiosos aprendidos por você desde criança pelos seus pais, parentes, amigos, etc., da religião local seguida por eles. Ninguém nasce, por exemplo, com Deus já na própria mente, antes de ser ensinado, como, em uma simples comparação, com as cores pelos olhos e cérebro ou a sensação doce do açúcar.

Levo essas coisas pelo lado materialista sendo que não acredito em divindades, alma ou espírito a levar consolo, bem-estar, conforto, etc., bastando a "força cerebral". Ou seja, tudo o que eu disse nos dois parágrafos acima são memórias que, quando estimuladas, atuarão em liberar hormônios, neurotransmissores, outras substâncias, também promovendo a neuroplasticidade como já se constatou em tomógrafos, deixando o cérebro capacitado a um melhor funcionamento em termos de sentimentos e emoções. Deus, deuses de todas as religiões, alma e espírito seriam apenas entes imaginários.

Tudo isso também faria uma parte considerável sobre a explicação da existência das muitas quantidades de religiões e crenças pelo mundo, de ontem e de hoje: pessoas foram ensinadas diferentemente em seus locais de origem e desde pequenas com respeito a valores religiosos.

Não é à toa, portanto, que as práticas religiosas de todas elas, até com algumas afinidades, mas principalmente diferenças, fazem bem aos seus adeptos.

Uma consequência desses fatos seria o fato de que cada crente considera absolutas as verdades, as crenças, de sua própria religião e não das outras. Mas o que existe de absoluto mesmo, nos seres humanos, são o acreditar e a fé, da nossa natureza como indivíduos, nos possibilitando acreditar e por fé em nossas crenças, criadas por nós mesmos.

Acredito em uma explicação existencial para o ser humano sempre formular crenças e sistemas de crenças, tendo uma ligação primordial com a consciência e o amor-próprio. Como nós humanos, inteligentes, conscientes de nós mesmos e do mundo que nos cerca, e com amor-próprio no sentido que queremos o nosso bem, no planeta há centenas de milhares de anos, conseguiríamos conviver com o bem e o mal citados na “Introdução” e com questões existenciais, podendo elas abalar o nosso equilíbrio emocional, levando-nos até à doenças e colocando em risco a sobrevivência da espécie, a partir de questionamentos a respeito de nós mesmos, nossas vidas, o mundo, e a morte?

Coloco então aqui resumidamente as questões existenciais:   

1 - Nós: "Quem sou eu? O que sou eu? O que faço aqui neste mundo? Por que estou aqui? Há uma finalidade para eu estar vivo?".

2 - Nossas vidas: "Qual o sentido da vida? Por que vivemos? Para que vivemos? Existe uma finalidade? Se sim, qual seria?".

3 - A morte: "Para onde vou após a morte? Por que ela existe? Voltarei? Por que uns morrem primeiro a outros independentes de tudo? Depois dela há vida em outro lugar? Encontrarei os meus entes queridos que já se foram e aqueles ainda por irem?".

4 - O mundo: "De onde veio tudo que eu vejo? Este mundo? O que é ele? Existem outros?".

E uma das piores questões, sobre a vida e a morte, deixando em agonia a grande maioria das pessoas já vividas na Terra e as que ainda vivem: "A única certeza da vida é a morte!".

E foi assim desde o primeiro humano...

Em minha opinião, a saída para essas questões sempre fora a invenção de crenças e sistemas de crenças, chegando-se ou não nas religiões em todas as épocas e lugares, mas sempre se formando valores religiosos nessas crenças como deuses, outros entes divinos, rituais, sacrifícios, danças, etc., acreditando-se e colocando-se a fé nesses valores.

Entro em contato com filósofos, filósofos religiosos e teólogos na tentativa de obter informações a respeito de se ultrapassar uma linha, digamos assim, separando o que eu sempre penso sobre o fato de todas as religiões serem benéficas aos seus adeptos juntamente com outro fato, já descrito por mim neste texto: se cada adepto de uma religião a considera absoluta, verdadeira, qual seria realmente a correta?

Deve existir algo a mais à frente desta questão a qual não consigo uma resposta satisfatória desses estudiosos: eles sempre param a conversa em suas religiões de origem considerando-as verdadeiras. Não sei se porque são religiosos mesmos ou por terem medo de serem chamados de ateus, prejudicando suas carreiras, porque, na verdade, a única saída a essa questão, a única existente, e aqui entra a minha opinião, seria admitir que fosse o cérebro é quem faz tudo, dependendo dos ensinamentos religiosos passados a eles desde crianças, assim como em todas as pessoas.


Observação:

Desde os caçadores coletores, das épocas do surgimento das civilizações e até hoje, existiam e existem problemas os quais os seres humanos não entendiam e não entendem, buscando sempre respostas no sobrenatural, nos valores religiosos, em deuses de suas próprias religiões. Explicações sobre o que são as montanhas, o céu, os mares, tempestades, como de pequenas e duras sementes nascia uma grande árvore, a gestação feminina resultando em um novo homem ou mulher, acidentes, doenças, ou seja, n problemas e situações incompreensíveis a eles, e as respostas estariam nas vontades de  seres onipotentes, onipresentes e oniscientes.



sábado, 26 de outubro de 2019

Consciência, amor-próprio, fé e transcendência: a moderna Teoria da Evolução

Escrito originalmente em: 22/11/2012. 
Revisado em: 22/10/2019. 
.
Palavras-chave: Teoria da Evolução, Consciência, Fé, Acreditar, Motivação, Esperança, Amor-próprio, Neurociência, Transcendência. 

.
Observação importante: digo a "moderna Teoria da Evolução" pois ela não se processou somente nos corpos dos animais e plantas, simplificando, e sim com respeito também à nossa cognição, sentimentos e emoções. Já é difícil para o leigo aprender, acreditar nela quando falamos dos corpos dos seres vivos; imagine então dizermos dos complexos processos em nossas mentes. 
.
“Assim que as faculdades importantes da imaginação, maravilha e curiosidade, juntamente com algum poder de raciocínio, se tornassem parcialmente desenvolvidas, o homem naturalmente desejaria entender o que estava passando ao seu redor e teria vagamente especulado sobre sua própria existência.” - Charles Darwin - "A descendência do homem".
.
Introdução: 
.
Este artigo é uma tentativa de explicar a razão pela qual existe um conjunto de mecanismos neurais, selecionados pela Evolução, a sustentar possíveis desequilíbrios emocionais causados por um forte questionamento existencial oriundos da nossa consciência. Esses desequilíbrios poderiam nos levar a doenças ou a uma fraca condição de existência e prejudicar a nossa sobrevivência no planeta. A consciência possui dois lados, como você verá neste texto, um a catalisar, a facilitar a inteligência mas outro nos levando a esses questionamentos.
.
:::::  
.
Temos a capacidade, através do nosso cérebro em pensamento, imaginação, abstração, etc., de transcendermos a matéria e a energia comuns e inventarmos divindades, entes menores, seres "espirituais" neste ou em outro (s) 'plano' (s) de existência a interagir conosco. Na verdade, conseguimos imaginar a existência de outro mundo ou outros mundos, outras realidades, além deste nosso mundo físico e onde estariam supostos seres espirituais e/ou sobrenaturais. Mas seria só imaginação embora junto com sentimentos e emoções, e, aqui, você verá, está um diferencial importante nas mentes dos humanos desde a nossa tomada de consciência de nós mesmos e do mundo ao nosso redor. Ver também “Neurociência e como se formam os valores religiosos em nossos cérebros”. (1)


Todos os nossos sentimentos e emoções foram selecionados através da evolução não deixando a espécie humana se extinguir aqui na Terra. E existe uma base sólida de conhecimentos atuais, da Neurociência com A Teoria da Evolução, para tanto: ver os meus artigos "O Porquê dos Nossos Sentimentos" (2) e "O Porquê dos Nossos Sentimentos - 02". (3) 


No reino animal existe o instinto de sobrevivência, o instinto de autopreservação, pelos quais os animais respondem a alguma agressão do meio ambiente ou de outros animais, para sobreviverem. As primeiras formas de vida na Terra, seres unicelulares, por volta de 3,6 bilhões de anos, já apresentavam alguma forma de reação de autopreservação, como, por exemplo, a capacidade de se afastarem de uma fonte de calor. A crescente complexidade, no tempo, dos seres vivos, só foi conseguida através da seleção de comportamentos complexos para lidarem com meios ambientes novos ou em transformação. E assim também se selecionou sistemas nervosos com cérebros.   


Podemos pensar o seguinte: de seres unicelulares até os mais complexos da atualidade, nós, os humanos, a natureza selecionou, de atos reflexos para reações de sobrevivência, comportamentos simples, até o sistema nervoso mais complexo existente para dotar-nos da maior variabilidade de comportamentos possíveis para a nossa sobrevivência. Nosso sistema nervoso é portador do órgão mais complexo dos seres vivos com os mecanismos superiores da inteligência, emoções, sentimentos e a consciência: o nosso cérebro. 


A variedade de comportamentos através da inteligência, produzida pelo cérebro, nos faz adaptarmos a qualquer ambiente terrestre. E a consciência também entra nessa história.

Por um lado, apenas com um exemplo, ela está presente em nossas ações facilitando decisões junto à inteligência: "irei sair de carro agora pois se não poderei pegar chuva e onde vou fica muito difícil para o meu carro." Um raciocínio simples mas veja a consciência em (eu) irei, (eu) poderei, (eu) vou e (mim) meu carro. Quatro vezes!


Pode-se considerá-la na inteligência como uma unificadora de ideias, fatos, objetos concretos ou não, etc., formando um todo coerente, o pensamento, de uma forma sintetizada e rápida, um catalisador. E ainda essa união possibilita a formação de raciocínios complexos imprescindíveis na formação de tecnologias, que, sem elas, nunca chegaríamos ao nosso mundo de hoje.


E quanto às relações conosco mesmo e com o mundo que nos cerca? Quero dizer, dúvidas, preocupações, questões existenciais? Sobre nós, a morte, a razão de viver e sobre o bem e o mal. Irei até enumerá-las:


1 - Nós: "Quem sou eu? O que sou eu? O que faço aqui neste mundo? Por que estou aqui? Há uma finalidade?"
2 - A morte: "Para onde vou após a morte? Por que ela existe? Voltarei? Por que uns morrem primeiro a outros independente de tudo? Depois dela há vida em outro lugar?
3 - Viver: "Qual o sentido da vida? Por que vivemos? Para que vivemos? Existe uma finalidade; se sim, qual seria?
4 - Existe o bem mas por que existe o mal? Qual seria a razão dele existir? E a respeito dele nos problemas em nossas relações sociais como as agressões, traições, homicídios, guerras, etc.?


Foi assim desde o primeiro humano...


Mas será que para o cérebro humano, um órgão tão avançado como ele é, produtor de tanta variedade em termos comportamentais, bastariam apenas alguns mecanismos de defesa, de autopreservação, agressividade – a qual nessa altura já é uma emoção para preservar a espécie que o contém? Não. Foi necessário algo muito mais refinado, avançado também: o amor-próprio. Ele seria o ápice de um sistema necessitado de conservação, proteção, etc., ou seja, tudo ligado ao corpo e a ele mesmo para sobreviver. Talvez não seja mesmo por acaso a relação: animais sem consciência - instinto de sobrevivência; animais conscientes (humanos) - instinto de sobrevivência + amor-próprio. Note a frase “eu me amo”: amor-próprio com o “eu” da consciência. 


E a fé do título deste blog? 

Existe uma confusão muito grande com respeito à fé e às crenças. As pessoas acham que só existe a fé se houver crenças religiosas, mas alguém pode não possuir crenças e ter fé, fé em si mesmo, no próprio potencial, em sua vida, etc. A fé é uma convicção, confiança, um sentimento de total crença em algo ou alguém, ainda que não haja nenhuma evidência comprovando a veracidade da proposição ou causa. Com relação ao acreditar, primeiro você acredita, depois coloca a sua fé!


As religiões são um conjunto de ideias e crenças, surgidas em um local específico no planeta - uma região, um povo, etc. -, ensinadas às crianças desde cedo. Há variações em interpretações das ideias, das próprias crenças com o passar do tempo, há divisões, há expansões para outros povos, etc.; e você sabe, seriam necessárias bibliotecas e mais bibliotecas gigantescas para conter tantas informações e conceitos criados pelo ser humano nesse sentido. Mas algo é certo: os sentimentos das pessoas são canalizados para as crenças das suas religiões locais e essas crenças se tornam verdades absolutas para cada uma das pessoas. Elas passam a ter fé nos entes e nos ensinamentos dessas religiões, nos valores religiosos. É o relativismo religioso. (4)

Mas por qual razão surgiram as ideias e crenças de cada povo? 


Precisei discorrer sobre amor-próprio, consciência, transcendência e fé para chegar onde eu queria, um conjunto de circuitos neurais atuando em muitas áreas cerebrais.

Como um ser inteligente, consciente de si e do mundo a sua volta, e dotado de amor próprio, iria lidar com as questões enumeradas mais acima? 


Acredito em uma dificuldade séria ao cérebro a não funcionar direito. 


A partir do momento no qual o cérebro dos pré humanos se tornou o mais próximo do nosso, ele teria, penso eu, ter na combinação de consciência e amor-próprio, a fé e o poder de transcendência, de conseguir abstrair entes divinos e formular crenças, de conceber uma "vida após a morte", etc., com a propriedade de ter fé neles, de acreditar com uma grande dose de carga emocional. A consciência e o amor-próprio talvez iriam causar um impasse à evolução do nosso cérebro e esse conflito seria, em grande parte ou em um todo, resolvido com a presença do acreditar, da fé e da transcendência a formular crenças.

Uma moderna Teoria da Evolução compreende acrescentar os nossos processos cognitivos, sentimentos e emoções, como fatores favoráveis a um cérebro  em eficiente funcionamento. 

Os mecanismos neurais aos quais me refiro na "Introdução" são aqueles ligados à fé, à capacidade de formularmos crenças, juntos também com a capacidade de abstração, de pensarmos em níveis transcendentais para qualquer propósito.

Junto ao acreditar e a fé estão também a motivação e a esperança, entrando nesse contexto como verdadeiros motores a nos impulsionar todos os dias aos nossos objetivos, que nada mais são do que a nossa sobrevivência como indivíduos e também a sobrevivência da espécie humana. 

 


P.S. (25-10-2019): em 2018, António Damásio publicou o livro "A estranha ordem das coisas" com os seguintes dizeres:  (5)


"...A medicina primitiva não tinha condições de cuidar dos traumas da alma humana. Mas é possível supor que, em grande medida, crenças religiosas, sistemas morais e justiça, assim como a governança política, tivessem por fim lidar com esses traumas e facilitara recuperação de suas consequências. A meu ver, o surgimento das crenças religiosas guarda uma relação muito estreita com o luto da perda de entes queridos, que forçou os humanos a confrontar a inevitabilidade da morte e os incontáveis modos como ela pode ocorrer: acidentes, doenças, violência perpetrada outros e por catástrofes naturais, qualquer coisa exceto a velhice uma condição rara em tempos pré-históricos. Muitos traumas da alma humana eram infligidos por acontecimentos públicos no espaço social, e as crenças religiosas eram respostas apropriadas em vários aspectos.

A resposta a perdas e ao luto causado pela violência variava e, dependendo do indivíduo, incluía empatia e compaixão, mas também raiva e mais violência. É compreensível que o pesar tenha sido compensado por uma concepção adaptativa de poderes sobre-humanos, na forma de deuses capazes de resolver grandes conflitos e violência em alto grau. Em um período animista nessas culturas, provavelmente pedia-se aos deuses não apenas ajuda para os sofrimentos pessoais, mas também proteção contra a propriedade pessoal e comunitária - plantações, animais de criação, território vital. Mais tarde, no caso de culturas monoteístas, a crença nessas entidades por fim assumiria a forma de um único Deus capaz, por exemplo, de explicar perdas em termos justificáveis e até mesmo aceitáveis. Por fim, a promessa de continuidade da vida após a morte poderia anular totalmente os efeitos negativos de quaisquer perdas e trazer-lhes outro significado...".

Damásio fala em termos gerais, antes de chegar ao Deus cristão, a respeito das crenças sendo, todas elas, favoráveis ao bem-estar humano. Ele não entra no relativismo religioso mas sabe que todas as religiões, crenças que não se tornaram religiões, etc., foram e são fundamentais a nós, mesmo diferentes entre si. É o relativismo religioso na minha visão. (6)

Sem pretensão, mais uma vez minhas ideias são muito parecidas com as dele, como eu digo no meu artigo "O porquê dos nossos sentimentos: sobre ideias e conclusões que cheguei antes de António Damásio" (7)  


.
Referências:
.
1 – Argos Arruda Pinto. Neurociência e como se formam os valores religiosos em nossos cérebros. 2017. Disponível em: < https://argosarrudapinto.blogspot.com/2017/02/neurociencia-e-como-se-formam-os.html >. Acesso em: 04/10/2018. 

2 – Argos Arruda Pinto. O porquê dos nossos sentimentos. 2001. Disponível em: < https://sistemaevolucaoneurociencia.blogspot.com/2008/01/o-porqu-dos-nossos-sentimentos_28.html >. Acesso em: 04/10/2018.  
.
3 Argos Arruda Pinto. O porquê dos nossos sentimentos – 02. 2002. Disponível em: < https://sistemaevolucaoneurociencia.blogspot.com/2008/01/o-porqu-dos-nossos-sentimentos-ii.html >. Acesso em: 04/10/2018. 

4 - Argos Arruda Pinto. O Relativismo Religioso como eu o vejo: as muitas diferenças entre as religiões
< https://orelativismodasreligioes.blogspot.com

5 - DAMÁSIO, A. A estranha ordem das coisas: as origens biológicas dos sentimentos e da cultura. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 202-203.

6 - Argos Arruda Pinto. O Relativismo Religioso como eu o vejo: as muitas diferenças entre as religiões
< https://orelativismodasreligioes.blogspot.com > 

7 - Argos Arruda Pinto. O porquê dos nossos sentimentos: sobre ideias e conclusões que cheguei antes de António Damásio. 2014. Disponível em: < https://argosarrudapinto.blogspot.com/2014/03/ >. Acesso em: 25/10/2019.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Se a Psicologia é uma Ciência, por que admite a espiritualidade?

Para não perder adeptos! 

Mas, como assim adeptos? 

Você procura um psicólogo pois está com um problema emocional, digamos, muita ansiedade no trabalho. Então começa a realizar sessões de terapia e o psicólogo logo no começo desse tratamento diz a você esquecer Deus, sua religião, seus cultos e/ou missas, que o cérebro é uma máquina biológica precisando sim ser melhor entendida por você, ou seja, se não sabe, vá estudar. Pronto, acabou! 

Vivemos em sociedades nas quais a religiosidade é muito forte e, no caso do Brasil, assim como na maioria dos países ocidentais, sentimentos e emoções são originados pela nossa alma, e um psicólogo pedirá a você cuidar da sua espiritualidade, a frequentar mais os cultos ou as missas, orar em casa, etc. 

Um psicólogo nunca irá bater de frente com nenhum paciente com respeito a esse assunto pois sabe das influências dos valores religiosos na formação da personalidade de uma criança, ensinada, primeiro, sobre o que a religião diz, para depois se tornar um valor religioso: Deus, Bíblia, orações, etc. São memórias de sentimentos. Outras religiões também o fazem e aqui cabe algo da incrível natureza do nosso cérebro: o poder de aprender! Simplesmente isso. Aprendeu a orar por Ganesha a obter sucessos financeiros... E quem é Ganesha? Um dos muitos deuses cultuados pelo hinduísmo, também primeiro ensinado aos hindus para depois se tornar um valor religioso. Eles rezam ao Deus cristão? Não, não aprenderam sobre Ele e então não é um valor religioso em suas vidas. E assim o é em todas as religiões diferentes do cristianismo. Nem entrarei no campo de quem está correto pois é relativo: cada um acha corretos os ensinamentos passados a ele. 

Você se lembra de algum acontecimento no qual aprendeu e passou a gostar, admirar, um valor religioso? Me lembro, perto dos cinco anos de idade, da bela árvore de Natal erguida em casa pelos meus pais. Alguns amigos mais velhos da vizinhança me disseram da comemoração do nascimento do Filho de Deus, Jesus Cristo, sendo o Seu Pai criador de tudo existente a minha volta. A natureza para mim era apenas o quintal de casa, mas foi Ele quem criou!
  
No hinduísmo as crianças aprendem sobre um trio de deuses, Brahma, Vishnu e Shiva, construindo e destruindo o universo, tudo existente. Se tornam os valores deles. Valores esses muito importantes pois as orações, com a fé, influirão no bem-estar psicológico deles. E Deus também para os cristãos. Mas eu disse "bem-estar psicológico". Pois é, tanto no hinduísmo como no cristianismo, e com as outras religiões, os cultos aos valores produzem as mesmas sensações, melhoram o humor, diminuem a ansiedade, mexem com a força interior das pessoas, despertam esperanças, motivam, etc. São realmente um bálsamo psicológico para todos. 

Eu acredito no potencial do nosso cérebro com os valores religiosos sem da necessidade de entes divinos e sim com as fortes memórias de sentimentos.

A Neurociência está descobrindo, e já descobriu muito sobre a dinâmica dos nossos sentimentos e emoções ocorrendo conosco. Um estímulo externo ou um interno como uma oração baseada em nossas memórias de sentimentos, faz com que circuitos neuronais, regiões cerebrais, etc., produzam substâncias levando-nos a sentirmos melhor, (1) através dos estados citados relatados acima... O cristão com as suas orações, o hindu com as deles e assim com todas as religiões que já existiram e as que existem. 

Sendo a alma, pela Bíblia, a produtora dos nossos sentimentos e emoções, ela se tornou um "fato" arraigado em nossas sociedades, tido como uma verdade absoluta e inquestionável.
     
Já ouvi de várias pessoas sobre psicólogos dizendo a elas para cuidarem de suas espiritualidades. De qualquer maneira elas se sentirão melhor orando pelos seus valores. Mas a Psicologia é uma Ciência e as ciências devem trabalhar com energia e matérias comuns e não através do sobrenatural, imaterial, influindo em nossos sistemas físico-químicos, biológicos. Até lá a Neurociência deverá descobrir muito da materialidade do que é dito hoje como sobrenatural! 


Referência: 

"O que é o sentir? Sentimentos e emoções" 


Material complementar de leitura - um artigo meu:

"Por que Deus não 'nasce' junto nas cabeças das pessoas?"